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Controle de qualidade - Testes de Controle de qualidade na Gama câmera

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  Sabe-se que, no SPECT, utiliza-se a gama câmera, ou camera de cintilação, que será responsável por transformar a radiação, irradiada pelo paciente, em uma imagem fisiológica da região de interesse. Consiste, resumidamente, em cristais que ao interagirem com a radiação irão emitir luz, que será detectada por válvulas fotomultiplicadoras e convertida em sinal elétrico, que passará por um sistema computacional e finalmente se tornará uma imagem. O controle de qualidade se faz necessário para qualquer serviço da radiologia, e se define por um conjunto de atividades que tem por finalidade a verificação dos processos, analisando se eles estão dentro dos padrões de qualidade estabelecido pelo orgão responsável, neste caso a CNEN e a ANVISA. Todo serviço de Medicina Nuclear para estar em funcionamento deve realizar testes de controle de qualidade, designados pela norma da CNEN 3.05 e a RDC 38 da ANVISA. Eles podem ser de aceitação ou após serviços de manutenção ou correção, ou quando o...

Diferença entre o iodo-123 e o iodo-131

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  O iodo-123 (¹²³I) e o iodo-131 (¹³¹I) são isótopos do elemento iodo, e eles têm aplicações diferentes devido às suas propriedades nucleares distintas. Os isótopos são variantes de um elemento que têm o mesmo número de prótons, mas um número diferente de nêutrons em seus núcleos. Isso resulta em diferentes massas atômicas para os isótopos do mesmo elemento. A razão pela qual existem diferentes isótopos do iodo, como o iodo-123 e o iodo-131, está relacionada aos processos de formação desses isótopos e às suas propriedades nucleares. Nas cintilografias da tireoide, o iodo 131 possui uma qualidade de imagem inferior e o paciente recebe uma quantidade maior de radiação, portanto, não há tanta utilização assim deste processo. Já o iodo 123 é uma excelente solução para cintilografia tireoidiana e possui uma ótima qualidade de imagem, mas o seu custo é maior. Origens Nucleares: O iodo-123 é frequentemente produzido em reatores nucleares ou por meio da ativação nuclear de isótopos de te...

Captação de Tireoide com iodo 131

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A captação da tireoide é um estudo realizado previamente a uma cintilografia da tireoide, e pode ser empregado o radioisótopo 131-I. Neste estudo composto por duas etapas, é realizada uma quantificação da tireoide, a qual avaliará o percentual de funcionamento da glândula, e após a contagem, é realizada a cintilografia. Figura 1 – Quantificação da Tireoide Fonte: Camozzato, Tatiane Sabriela Cagol (2020, p.98). ü   Preparo do paciente Deve ser feita uma dieta pobre em iodo 15 dias antes, evitando o consumo de sal e os seguintes alimentos: Da mesma forma, também devem ser suspendidas medicações e evitar substâncias que contenham iodo como:   Exames de imagem que utilizam meios de contraste não podem ser realizados nos meses que antecedem o exame. Interromper o uso de medicamentos   Propiltiourcil, Tapazol, Amiodarona pois estas podem causar diminuição na captação da tireoide. ü   Protocolo de Aquisição Este exame requer um ...

Produção de Imagens na Gama Câmara

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 A câmara de cintilação, também chamada de gama câmara ou como preferem alguns, câmara de cintilação, consiste principalmente de: Colimador; Cristal cintilador; Válvulas fotomultiplicadoras; Sistema de integração ou soma; Analisador multicanal de altura de pulso; Sistema posicionamento e Computador de aquisição de imagem com monitor de vídeo. Após passar pelo colimador, a radiação emitida pelo paciente é captada pelos cristais de iodeto de sódio dopado com tálio (NaI[Tl]), estes emitem fótons visíveis à luz na interação com raios gama ou com fótons de aniquilação. Esses fótons visíveis à luz são, posteriormente, convertidos em um sinal elétrico através de fotomultiplicadores que estão opticamente ligados ao cristal de cintilação.  Quando um fóton que está entrando interage com o cristal, a resultante distribuição de luz é mais intensa próximo ao ponto de interação e diminui com a distância, portanto, ao examinar a relação dos sinais provenientes da série de fotomultiplicadores...

Rádio 223

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Rádio-223  O radionuclídeo Rádio-223, na forma de dicloreto de rádio-223, está presente no medicamento Xofigo, com meia-vida de aproximadamente 11,4 dias.  Administrado por via parenteral intravenosa.  Utilizado em pacientes com câncer de próstata resistente à castração, metástases ósseas sintomáticas e sem metástases viscerais conhecidas. AÇÃO Predominantemente de emissor alfa, mas também associado a radiação gama e radiação beta.  A exposição à radiação externa associada com o manuseamento de doses dos doentes é consideravelmente mais baixa em comparação com outros radiofármacos para fins terapêuticos.  Sua biodistribuição ocorre através de isótopos-filhos de curta duração e é acompanhada por várias emissões alfa.   Metabolizado pelo fígado, mas não é metabolizado por enzimas hepáticas. PROTOCOLO O protocolo de aquisição de imagem para o rádio-223 envolve a utilização de PET/CT (tomografia por emissão de positrões e tomografia computadorizada) para a...

“O Papel Crucial da Radiofarmácia na Medicina Nuclear: Diagnóstico e Terapia”

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Referências:  RUBIN, V. Medicina Nuclear. STAR Telerradiologia, 10 fev. 2020.  ARAÚJO, E.B. et. al. Garantia da qualidade aplicada à produção de radiofármacos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, jan./mar, 44 (1), 2008.  SANTOS-OLIVEIRA R, ROCIO-BENCKE M, DONATO R et al. Radiofármacos, Radiofarmácia e Medicina Nuclear. Periódico de Ciências Farmacêuticas do Conselho Federal de Farmácia (Infarma), 2009; 21(9/10): 3-6.  TEMP, A. Desenvolvimento de Novos Radiofármacos para Medicina Nuclear - CDTN - Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear. 2018   Autores:  Brisa Anjos, Cássio Silva e Rebeca Santos Turma IFBA Disciplina Medicina Nuclear 2023

A interação da Radiação ionizante com a matéria: partículas alfa, beta, gama e Raio X

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 Interação da partícula ALFA com a matéria:  A partícula alfa é emitida por elementos pesados e é formada por 2 nêutrons e 2 prótons (hélio), tendo carga positiva. Ao interagir com a matéria, pode causar excitação ou ionização. Na excitação, a partícula alfa interage com um átomo, transferindo energia suficiente para um elétron, a fim de excitá-lo sem arrancá-lo do átomo. Esse elétron, que estará agora com nível de energia mais alto, ao retornar para seu estado fundamental, irá emitir a energia recebida como fóton. A ionização ocorre quando há uma transferência maior de energia da partícula alfa para um elétron, arrancando-o e, consequentemente, transformando o elemento em um íon positivo (perdeu carga negativa). Esse elétron livre pode causar ionizações. Durante as interações da partícula alfa com a matéria, ela perde parte de sua energia cinética. No entanto, como possui altas energias (4 a 10 MeV), isso possibilita que ela interaja diversas vezes com diferentes átomos. ...