Diferença entre o iodo-123 e o iodo-131
O iodo-123 (¹²³I) e o iodo-131 (¹³¹I) são isótopos do elemento iodo, e eles têm aplicações diferentes devido às suas propriedades nucleares distintas.
Os isótopos são variantes de um elemento que têm o mesmo número de prótons, mas um número diferente de nêutrons em seus núcleos. Isso resulta em diferentes massas atômicas para os isótopos do mesmo elemento. A razão pela qual existem diferentes isótopos do iodo, como o iodo-123 e o iodo-131, está relacionada aos processos de formação desses isótopos e às suas propriedades nucleares.
Nas cintilografias da tireoide, o iodo 131 possui uma qualidade de imagem inferior e o paciente recebe uma quantidade maior de radiação, portanto, não há tanta utilização assim deste processo. Já o iodo 123 é uma excelente solução para cintilografia tireoidiana e possui uma ótima qualidade de imagem, mas o seu custo é maior.
Origens Nucleares: O iodo-123 é frequentemente produzido em reatores nucleares ou por meio da ativação nuclear de isótopos de telúrio.
O iodo-131 pode ser formado naturalmente em reatores nucleares ou como produto de fissão nuclear em reações nucleares mais complexas.
Emissão de Radiação: O iodo-123 emite principalmente radiação gama, que é usada para fins de imagem em medicina nuclear.
O iodo-131 emite tanto radiação beta quanto gama. A radiação beta é utilizada terapeuticamente para tratar condições da tireoide, enquanto a radiação gama é aproveitada para imagem em menor extensão.
Aplicações Clínicas: O iodo-123 é frequentemente usado em cintilografias tireoidianas para diagnosticar distúrbios da tireoide e para avaliar a função e a anatomia dessa glândula.
O iodo-131 é empregado no tratamento de hipertireoidismo (tireoides hiperativa) e câncer de tireoide, além de ser utilizado na captação da tireóide. A radiação beta do iodo-131 é eficaz na destruição seletiva de células da tireoide, incluindo células cancerosas.
Meia-Vida: A meia-vida iodo-123 (cerca de 13 horas) o torna mais adequado para procedimentos de diagnóstico rápidos. A meia-vida do iodo-131 (cerca de 8 dias) permite que ele permaneça no corpo por um período mais prolongado.
Referência: IPEN;cdmcdm.com.br.
Autores: Lara e Maria Clara
Turma IFBA - Tecnologia em Radiologia
Disciplina Medicina Nuclear 2023